TEXTO

“Surgirão muitos falsos profetas, que enganarão a
muitos; e, por causa do aumento do que é contra a lei,
o amor da maioria esfriará.”

Mateus 24:11, 12
Amauri Jr - dono e administrador do Blog

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Conheça as substâncias nocivas mais próximas de você

Nesse mundo urbano atual, a esmagadora maioria dos bens e produtos que consumimos é industrializada. Muito já se falou sobre substâncias químicas contidas em alguns deles, que podem causar este ou aquele dano à saúde. Chegou a hora de fazer um compilado! Abaixo você terá um catálogo com cinco dos principais compostos danosos à saúde, e que aparecem na nossa vida até mais do que nós gostaríamos.

BPA (Bisfenol A)

É o composto orgânico que serve de base para o mais popular dos plásticos. A junção de vários BPA (composto à base de carbono) forma o Policarbonato, o plástico comum.

É usado em larga escala para fazer garrafas de água, mamadeiras, potinhos para alimentos (o famoso “Tapawer”), talheres de plástico, latas de plástico, tampas de vaso, CDs, eletro-eletrônicos, e selantes dentários.


Não há escapatória. Quem utiliza um desses produtos (ou seja, todo mundo. Quem nunca usou nada disso que atire a primeira pedra) está fatalmente ingerindo o BPA. Até os bebês, que o ingerem pela mamadeira, não estão ingerindo pela primeira vez: as mães passam o BPA para o feto.


É claro que o BPA não é uma arma letal, caso contrário estaríamos todos em maus lençois. Em quantidades pequenas, ele é inofensivo. Mas o único efeito possível descoberto até hoje é intimidatório: pode causar problemas no sistema reprodutor masculino. Uma pesquisa na China com homens expostos excessivamente ao plástico (certamente, trabalhadores das fábricas de produtos Made In China) mostrou danos à próstata e à função erétil acima da média. Mas os órgãos fiscais estão atentos para que não haja excesso de BPA nas embalagens e nos produtos.


Para minimizar a exposição, vão aqui alguns truques. Quanto às garrafas, se puder usar de outro material, como vidro ou aço, é preferível. Se não puder, observe a identificação do plástico da garrafa, impressa no rótulo. Dentro daquele triângulo com as setinhas, o emblema da reciclagem, aparece um número. Prefira as garrafas em que esse número esteja entre 1 e 6, porque o plástico número 7 é feito à base de Policarbonato, o vilão da nossa história. Além disso, jogue fora copos, mamadeiras e talheres de plástico que estejam riscados ou quebrados, pois liberam mais BPA. Não esquentar líquidos no microondas dentro desses recipientes também é recomendado.


Ftalato

Mais uma vez, a primeira recomendação é: cuidado com o plástico. Esse composto aqui é usado para deixá-lo mais maleável. Recentemente, uma famosa fábrica de materiais escolares foi acusada de vender borrachas com essa substância, ou seja, a “influência” dela vai além do plástico.

O Ftalato é encontrado em Shampoos, condicionadores, sprays para o corpo, sprays de cabelo, perfumes, colônias, sabonetes, esmaltes, cortinas de chuveiro, tubos de remédios, seringas, pisos de vinil e revestimentos de parede, embalagens de alimentos e produtos farmacêuticos no fim da validade.


Assim, é amplo o catálogo de maneiras pelas quais você poder ser contaminado com ftalato. Assim como o BPA, é praticamente impossível não estar exposto. A não ser que você tome banho só com água e mais nada, não passe perfume, não tome remédios nem vacinas e só coma alimentos sem embalagem.


Os bebês parecem ser vítimas da ação do ftalato. Um estudo recente mostra que, em doses elevadas, ele está associado à hiperatividade e déficit de atenção nas crianças. Eles também podem causar problemas no sistema reprodutor masculino (o que nos faz pensar que essas orientações valem ainda mias para homens), danos ao fígado, rins, pulmão e às glândulas. Quando as coisas parecem sérias, a fiscalização industrial veta a fabricação de alguns produtos. Seis artigos para crianças foram banidos do mercado nos Estados Unidos por causa disso. E nesse caso, não parece haver muito como evitar o ftalato sem usar os produtos: a única forma de evitá-lo totalmente é retirar os citados artigos do carrinho de supermercado. Usando o bom senso, basta não abusar.


Ácido perfluorooctanoico (PFOA)

O nome é bem complicado, mas você pode chamá-lo pelo apelido: Teflon. Sim, essa é uma substância mundialmente conhecida, símbolo da modernidade. A substância ficou notória por ser anti-aderente, já que não reage quimicamente com quase nada, o que é útil na confecção de muitos materiais.

O Teflon é usado essencialmente para revestimentos. Assim, é encontrado em panelas, frigideiras, garrafas térmicas e qualquer utensílio impermeável, relacionado ou não à cozinha. Roupas impermeáveis também têm revestimento de Teflon.


Se você comer algo cozido ou frito em um utensílio revestido de Teflon, está contaminado com PFOA. Se beber água armazenada em algo revestido de Teflon, também. Até inalar vapor de água fervida em algo com Teflon é suficiente para ingerir PFOA.


Entre os danos, certamente o mais perigoso é o de ser cancerígeno, o que pode afetar qualquer um, já que é impossível, atualmente, se livrar do PFOA. São poucas, aliás, as recomendações para evitar a ingestão em excesso. A mais útil é evitar panelas e frigideiras de Teflon, e, não sendo possível, evitar superaquecer alimentos desse preparo, porque libera PFOA no ar.


Formaldeído

Também chamado de metanal, é um dos primeiros compostos apresentados aos alunos de Química Orgânica. Apesar de comum nos estudos, seu ramo de aplicação não é tão amplo quanto o de outros produtos.

Seu principal uso é na fabricação de madeiras prensadas, em seus diversos tipos. O formaldeído, nesse caso, é a resina que serve como cola na fabricação. Mas não é tão restrito assim. Escapamentos de carros e cigarros também liberam o formaldeído. Nesse último caso, a inalação do composto não é exclusiva de quem fuma, os “fumantes passivos” estão sujeitos da mesma forma.


É claro que o risco maior de inalação é para quem trabalha em empresa de fabricação de madeira compensada, que hoje tem uma aplicação muito grande, em portas, móveis e outros utensílios de madeira. Mas os consumidores também correm o risco de inalar, devido ao pó que o produto solta ao longo do tempo. O conselho, então, é que se evite a madeira compensada, preferindo a madeira lisa quando possível (sim, a lisa é mais cara e menos resistente). Na impossibilidade, procure ventilar os ambientes, para não ficar respirando, no lugar fechado, o formaldeído.


A recompensa para essas precauções é evitar uma série de problemas: alguns grandes, como risco de câncer em órgãos respiratórios ou digestivos, e outros nem tanto, como irritações na pele, náuseas, ardência nos olhos, nariz e garganta.


Éter de difenila polibromado (PBDE)

São usados essencialmente como isoladores de chamas. Eles diminuem ou isolam a chance de alguma coisa pegar fogo, e deixam mais lento o processo de queima dos objetos que revestem. São muito úteis para objetoss expostos a situações de incêndio. São usados em televisores, computadores, fiações elétricas em construções e revestimento em paredes e portas (as portas corta-fogo).

Os equipametos jogados fora é que são vilões quanto à nossa ingestão do PBDE. Com o tempo, a substância vai criando uma poeira que se acumula no ar, e respirá-la é um verdadeiro veneno. O PBDE pode afetar o fígado, os rins, e até o cérebro, onde pode ser responsável por mudanças de comportamento da pessoa. Uma vez dentro do corpo, o pó inalado passa pela via respiratória e se acumula no tecido adiposo. Bebês durante a amamentação correm risco de inalar o pó se estiverem por perto.


A fórmula para evitar o contato é simples: não deixar acumular poeira nos utensílios citados, e cuidado redobrado se você trabalha em um depósito ou algo do gênero.

Fontes:
hypescience
, CNN

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