Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Uma movimentação ilegal de R$ 10 bilhões –
o mais recente escândalo investigado pela Polícia Federal na República
Sindicalista do Brasil – assusta a petralhada e comprova que o mensalão julgado
pelo Supremo Tribunal Federal teve a dimensão de um roubo de galinha. Não por
coincidência, um ilustre condenado a penas alternativas na Ação Penal 470 agora
figura entre as 24 pessoas agora suspeitas de desvio de dinheiro público,
tráfico de drogas, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, e formação de
quadrilha.
Nos meios policiais e no submundo da
politicagem, comenta-se que o novo escândalo é uma pronta resposta à absolvição
por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro no STF. A petralhada ficou
particularmente apavorada com a prisão de Enivaldo Quadrado, ex-sócio da
corretora Bônus-Banval. A operação “Lava Jato”, que é um desdobramento da
Operação Miqueias, comprovou que existe ainda muita coisa podre por trás do
esquema de desvios de dinheiro dos fundos de pensão de servidores públicos
municipais e estaduais.
O escândalo bate na portinha do Palácio do
Planalto. Até porque, em 20 de setembro de 2013, a Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República se viu forçada a exonerar um assessor
da subchefia de Assuntos Federativos (SAF), investigado pela Polícia Federal na
operação que apurou o desvio de R$ 50 milhões de fundos de pensão de
prefeituras e governos estaduais. Idaílson José Vilas Boas Macedo foi suspeito
de ser lobista do esquema e teria feito negociações no Palácio do Planalto.
Acusado de tráfico de influência e formação de quadrilha, Idaílson trabalhava
na SRI desde março de 2012 e recebia R$ 9.682,03, conforme dados do Portal da
Transparência da Controladoria Geral da União (CGU).
O STF será acionado a decidir se abre ou
não inquérito para aprofundar apuração sobre o braço político da organização, a
partir de parecer do Ministério Público. Isto porque gravações telefônicas legais
lançaram suspeitas sobre três parlamentares. Os deputados Waldir Maranhão
(PP-MA), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Eduardo Gomes (PSDB-TO) foram apontados
pela PF por terem ligações com a organização do doleiro Fayed Traboulsi. Um
senador – cujo nome é mantido em sigilo – também teria relação com o esquema. O
grupo do doleiro é suspeito também de movimentar pelo menos R$ 300 milhões nos
últimos anos, em lavagem de dinheiro de origem criminosa.
O caso mexeu com o
Congresso – em plena crise do PMDB com o governo petista. O presidente do
Senado, Renan Calheiros, foi forçado a demitir ontem uma servidora nomeada em ato
secreto do então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em 17 março de
2009. Flávia Peralta de Carvalho, que ocupava cargo comissionado de assistente
parlamentar de imprensa.
Flávia foi orientada a contratar advogado
para processar quem fizer denúncias infundadas contra ela. O nome dela aparece
no contrato social das empresas SCIA Comércio e Atacadista, Varejista,
Exportação de Vidros, Espelhos, Vitrais e Molduras, Silo Sistemas Construtora e
Incorporadora e Investimentos Imobiliários, Arte Verde Cerimonial e Ambientação
e Acácia Cerimonial e Ambientação. Flávia seria sócia do pai, Flávio Júnior
Carvalho, o Crente, apontado pelos promotores do caso como um dos principais
cúmplices do doleiro Fayed e do policial Marcelo Toledo.
O chefe de comunicação da Polícia Federal no
Paraná, delegado Paulo Gomes da Silva, revelou o tamanho da quadrilha e sua
dimensão nas entranhas dos podres poderes do Capimunismo Tupiniquim: “Esse
grupo de pessoas investigadas, além de envolver alguns dos principais
personagens do mercado clandestino de câmbio do Brasil, é responsável também
pela movimentação financeira e lavagem de ativos de pessoas físicas e jurídicas
envolvidas com diversos crimes, como tráfico internacional de drogas, corrupção
de agentes públicos, sonegação fiscal, contrabando de pedras preciosas, desvio
de recursos públicos, entre outros que serão agora objeto de investigação”.
Agentes da Polícia Federal apreenderam
ontem R$ 5 milhões em dinheiro, 25 carros, avaliados em mais de R$ 100 mil
cada, joias e obras de arte. Segundo o delegado Gomes da Silva, o grupo tinha
ramificações entre o poder de estado e empresarial: “São pessoas que, por meio
da compra e venda de grandes quantias em dólares, faziam a lavagem desse
dinheiro de diversas maneiras, inclusive criando empresas fictícias no Brasil e
no exterior, fazendo compras fictícias e encaminhando esse dinheiro para fora
do país”.
Dudu da Prece
Um dos principais alvos das investigações é
o economista Carlos Eduardo Lemos, um dos três proprietários da empresa Invista
Investimentos acusada de promover negócios fraudulentos envolvendo fundos de
pensão de servidores de prefeituras e governos estaduais.
Em maio passado, a Polícia Federal prendeu
dois emissários do economista que tentavam embarcar no aeroporto de Brasília
com R$ 465 mil escondidos em meias, cuecas e mochilas.
Conhecido como Dudu, foi funcionário do
fundo de pensão Prece, dos empregados da companhia de águas e esgotos do Estado
do Rio de Janeiro – a Cedae.
Beleza de negócio
Com 1,75 metro de altura, olhos verdes e 33
anos de idade, a bela modelo Luciane Lauzimar Hoepers confirmou, em depoimento à
delegada Andréia Pinho Albuquerque, da Polícia Federal que oferecia propina a
prefeitos em troca de investirem, em títulos podres, o dinheiro de fundos de pensão
municipais dos servidores.
Mulheres bonitas –
chamadas pelo código de “Pastinhas” - eram usadas pela organização de Fayed
para convencer prefeitos a aplicar recursos de fundos de pensão de servidores
em títulos podres.
As “pastinhas”
indicavam os investimentos de alto risco para os prefeitos e, nos mesmos
encontros, ofereceriam propinas como contrapartida, caso os negócios se
concretizassem.
Abrindo portas
Ao longo de 18
meses de investigação, o grupo movimentou pelo menos R$ 300 milhões.
Em entrevista
publicada no site Fluir, do portal Terra, antes de a Operação Miqueias da PF
ser deflagrada, Luciane, ou Lu, listou os vários trabalhos como modelo de que
já participou: "assistente de palco do programa 'Brothers', na Rede TV,
Mulher Bombeiro, 'Casa Bonita', no Multishow, participações no 'Zorra Total' e
'Faustão', da Globo, e ensaios para revistas masculinas e outras".
Na entrevista, ela
reconheceu que ser bonita ajuda, "porque abre portas"...
Calça curta?
O bilionário Eike Fuhrken Batista corre o
risco de ter seus bens bloqueados.
A desembargadora Denise Levy Tredler, da 21ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vai relatar hoje, a
partir das 10h 30min, o Agravo de Instrumento contra a decisão que indeferiu o
pedido de bloqueio de bens do Eike.
Como o caso se arrasta desde julho de 2013,
nem os fiéis credores do Papai Noel acreditam que Eike ainda consiga ter algum
prejuízo financeiro com a medida, além da mera aporrinhação judicial...
Bananada
Algo a declarar?
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem
com Deus.
O
Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e
provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com
conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é
Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta
Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração
Pública e Assuntos Estratégicos.
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Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 18 de Março de 2014.
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