Helena
Patrovna Hahn Fadéef nasceu em Ekaterinoslav, Russia; em 30 de julho de
1831. Era filha de Pedro Hahn da família Macklenburg e de Helena Fadéef,
família nobre que lhe concedeu uma educação completa: pianista e
conhecimento profundo em idiomas e literatura.
Em sua infância, alguns
presságios atribuíam a Helena um aspecto misterioso e catastrófico. Em
seu batizado, acidentalmente a túnica do sacerdote foi incendiada,
ferindo e assustando alguns que estavam presentes na cerimônia. Anos
mais tarde, Helena brigou com um colega e ameaçou enviar-lhe um diabo
que lhe faria cócegas até a morte. O garoto aterrorizado correu,
escorregou e caiu num rio morrendo afogado.
Após a morte de sua mãe,
foi enviada para a companhia de seu avó, o governador de Saratov, que
vivia num castelo que diziam ser encantado. Aos cinco anos era capaz de
hipnotizar; e aos quinze utilizava-se da clarividência.
Esteve na França e
Inglaterra em 1845 e em 1848. Contra sua vontade, casou-se aos 17 anos
com o general Nicephore V. Blavatsky, 51 anos, governador de Etivan.
Porém, seu matrimônio durou apenas três meses. Helena fugiu de casa e
foi para Constantinopla, onde permaneceu o tempo necessário para
legalizar o processo de separação.
No Egito conviveu com um mestre Copta que a iniciou em ciências ocultas. Através desse mestre, tomou conhecimento das Estâncias de Dzyan;
um livro guardado num mosteiro tibetano que continha ensinamentos
ocultos da sabedoria Oriental antiga. No ano de 1851 em Londres, recebeu
a missão de um mestre hindu de fundar uma sociedade espiritualista
transcendental.
A partir deste momento,
deu início a sua peregrinação pelo mundo, passando por Canadá, Estados
Unidos, México, Peru, Índia, Ceilão e Nepal. Conheceu as colônias
holandesas e Cingapura em 1853, sempre bancada por seu pai e a herança
de uma tia. Sua volta ao mundo se estendeu até 1867, chegando a residir
em Cáucaso e Ucrânia. Helena ainda permaneceu alguns meses no Tibet,
onde recebeu a Iniciação. Seguiu para o Cairo, Palestina e Grécia, onde
foi ferida na Batalha de Mentana. De volta a Londres, conhece Kout Houmi
Lal Singh, um misterioso personagem com quem passou a se corresponder.
Helena recebeu As Estâncias de Dzyan de um grupo ocultista indiano.
Porém, em uma viagem a Calcutá, passou a ser pressionada para
devolvê-lo; caso contrário, sua vida seria abalada por diversas
infelicidades. Helena adoeceu mas ainda perambulou pela Europa. No
decorrer dos anos, fatos estranhos a atormentaram: o navio que viajava
explodiu em 1871 e ainda foi vítima de uma tentativa de assassinato.
Assustada com essas ocorrências, decide ceder as pressões e entregar o
livro.
No
ano de 1872 em Paris, Madame Blavatsky, como também era conhecida,
tentou pela primeira vez fundar uma sociedade ocultista. Nessa longa
peregrinação, Helena desenvolveu suas habilidades psíquicas através de
treinamentos e experiências ritualísticas. No mesmo ano foi residir em
Nova York, entrando em contato com o movimento espírita Irmão Eddy, com os Mórmons e estudou Voodoo.
Depois de breves viagens
pela Europa Oriental em 1873, retornou para Nova York. No ano seguinte,
conheceu o norte americano Cel. Henry Steel Olcott, com quem fundou a Sociedade Teosófica em 1875. Dois anos mais tarde, lançou Isis sem Véu,
que contêm mais de 1.300 páginas e esgotou-se no primeiro dia de
lançamento; deu continuidade aos primeiros conceitos sólidos da
Sociedade. Helena também lançou a revista The Theosophist; e a
sede da Sociedade foi transferida para Madras, Índia. Por todo este
período, sofreu pressão de grupos indianos para que nada fosse revelado
sobre As Estâncias de Dzyan.
No ano seguinte, viajou
para a Europa mas se estabeleceu na Índia. Em 1885, adoeceu e foi para a
Alemanha, onde deu início ao trabalho de A Doutrina Secreta. Em maio de
1887, foi morar em Londres, e lançou a segunda revista Lúcifer (Lúcifer significa literalmente Portador da Luz). Publicou A Doutrina Secreta e fundou a Escola Esotéricaem 1888. Em 1889 publicou A Chave para a Teosofia e A Voz do Silêncio.
Finalmente em 1890, estabeleceu definitivamente a sede da Sociedade
Teosófica em Londres; aonde veio a falecer em 8 de maio de 1891, sendo
cremada no Working Crematorium.
Helena Blavatsky foi um dos principais ícones da ciência e ocultismo do século XIX. Seus Mestres a chamavam de Upasika. Na Rússia era conhecida pelo seu pseudônimo literário, Radha Bai, e considerada a reencarnação de Paracelso.
Blavatsky é a responsável pela introdução do conhecimento oriental do Ocidente, incluindo os conceitos de Karma e Reencarnação; além de expor ao mundo a idéia de que todas as religiões partem de uma única base primitiva.
Suas obras A Doutrina Secreta, Isis sem Véu, A Voz do Silêncio e O Simbolismo Arcaico das Religiões, teriam sido inspiradas através da leitura por clarividência de As Estâncias de Dzyan. O crítico inglês William Emmett Coleman, calculou que para escrever Isis sem Véu,
Blavatsky precisaria ter estudado 1400 livros por ela desconhecidos.
Mas sua grande contribuição é, sem dúvida alguma, a Sociedade Teosófica.
Após mais de cem de sua fundação, possui adeptos em toda parte do mundo
e permanece estabelecida como uma das principais bases de conhecimento
da atualidade.
Teosofia
A palavra Teosofia vem do grego Theosophia e significa literalmente Sabedoria Divina.
Seus primeiros registros históricos se encontram no Egito do século
III, cunhados por Amônio Saccas e seu discípulo Plotino, filósofos
neoplatônicos fundadores da Escola Teosófica Eclética. A Sociedade Teosófica contemporânea é a sucessora desta Escola.
O termo Teosofia também adquiriu um significado secundário de verdade relativa. Na Filosofia Oriental é conhecida como Filosofia Esotérica ou Oculta, ou aindaPensamento Teosófico. Esses termos foram criados para distingui-la do significado primitivo.
Sociedade Teosófica
“As doutrinas fundamentais de todas as religiões se comprovarão
idênticas em seu significado esotérico, uma vez que sejam desagrilhoadas
e libertadas do peso morto das interpretações dogmáticas, dos nomes pessoais,
das concepções antropomórficas e dos sacerdotes assalariados”.
idênticas em seu significado esotérico, uma vez que sejam desagrilhoadas
e libertadas do peso morto das interpretações dogmáticas, dos nomes pessoais,
das concepções antropomórficas e dos sacerdotes assalariados”.
Fundada
em Nova York, no dia 8 de setembro de 1875 por um pequeno grupo onde se
destacavam Helena Blavatsky e o Cel. Henry Steel Olcott, a Sociedade
Teosófica teve sua sede internacional legalmente estabelecida em 3 de
abril de 1905, na cidade de Chennai, sul da Índia.
A Sociedade Teosófica não pode ser definida como uma religião, e sim um credo. Seu lema é “Não Há Religião Superior à Verdade, do sânscrito Satyan nasti para Dharmah”. Sendo que a palavra Dharmah significa entre outros Doutrina, Dever, Justiça ou Lei.
Os adeptos de diversas
religiões aderiram a Sociedade Teosófica no decorrer de seu
desenvolvimento; pois não é necessário abandonar crença ou dogmas, basta
aceitar seus objetivos primários.
Os objetivos da Sociedade Teosófica
estão baseados naFraternidade Humana e na Busca da Verdade:
1º – Formar um núcleo da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor.
2º – Encorajar o estudo de Religião Comparada, Filosofia e Ciência.
3º – Investigar as leis não explicadas da Natureza e os poderes latentes no homem.
Embora não atue
diretamente nas causas religiosas, sociais, políticas e econômicas, a
Sociedade Teosófica tem seu poder transformador agindo em seus membros.
Através de seus objetivos promove a superação da ignorância e dogmatismo
individual, por conseqüência, há uma mudança no coletivo humano.
Fonte:Spectrum-http://www.spectrumgothic.com.br/
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