Cristãos estão sendo decapitados na Síria
Após a
tomada da cidade de Maaloula, um novo capítulo tem sido escrito na
situação de guerra que vive a Síria. De maneira intrigante, a grande
mídia silencia sobre o massacre bárbaro e diário dos cristãos. Enquanto
muçulmanos alauitas e sunitas brigam pelo poder, quem mais sofre são os cristãos.
Como em
toda guerra, surgem muitas informações desencontradas, mas entre os
relatos existe uma consistência. As tropas rebeldes, que lutam contra o
governo de Bashar al-Assad, são treinadas pela Al Qaeda e financiadas
indiretamente pelo governo dos EUA. Possivelmente por isso a “grande
mídia” deixe a questão dos cristãos convenientemente de lado.
O fato é
que milhares de pessoas têm morrido ao longo desses dois anos e meio de
conflitos étnicos e religiosos. De maneira quase unânime, quando se fala
ou mostra a morte de soldados leais ao presidente, elas ocorrem por
fuzilamento. Quando são cristãos, a forma padrão parece ser decapitar e
expor a cabeça em público.
A
conquista de Maaloula pelos rebeldes foi marcante pois ali vivia uma das
mais antigas comunidades cristãs do mundo, onde ainda se fala o
aramaico, língua usada por Jesus . Situada a 50 quilômetros da capital
Damasco, a pequena cidade de 3 mil pessoas ficou quase deserta.
Estima-se que 80% da população, a maioria de cristãos ortodoxos e
católicos, refugiou-se em cidades vizinhas. Mas não sem ver antes a
maioria de suas igrejas e casas serem saqueadas, queimadas e ouvirem a
ameaça que todo aquele que não se converter ao Islã teria a cabeça
cortada.
O avanço
dos rebeldes na área foi liderado por Jabhat al-Nusra, ligado a grupos
jihadistas islâmicos. A liderança da Frente de Libertação Qalamon se
mudou para a aldeia, agora cerca de 1.500 soldados de grupos liderados
pela Al-Qaeda estão na pequena Maaloula.
A tomada
da aldeia enviou duas fortes mensagens ao mundo: os rebeldes estão mais
próximos que nunca de tomarem a capital e os rebeldes extremistas
muçulmanos tentarão eliminar os cristãos da Síria.
Muitos
dos habitantes que ficaram estão experimentando o horror diariamente.
Segundo o site Sky News, da Inglaterra, esta semana três cristãos foram
mortos em praça pública e seu enterro se transformou em uma verdadeira
passeata de protesto. A grande concentração foi na parte antiga da
cidade, que segundo a tradição foi onde o apóstolo Paulo parava em suas
viagens até Damasco. O cortejo foi até a igreja ortodoxa Zaytoun, onde
fizeram o culto fúnebre. Enquanto os sinos badalavam, partiram para o
cemitério.
Mulheres
vestidas de negro jogavam grãos de arroz no ar, uma forma tradicional de
demonstrar luto. Um pequeno grupo tocava tambores e, em meio ao choro
se ouviam gritos. Uma mulher perguntava: “É isso que vocês chamam de
democracia… isso é o que o governo quer?”, enquanto um homem fazia
gestos obscenos e gritava palavrões contra o presidente Obama e o premiê
inglês David Cameron.
Hoje,
outras imagens chocantes correram o mundo. São da cidade
de Keferghan, onde quatro jovens cristãos foram decapitados
publicamente. Um fotógrafo que não quer se identificar, fez imagens que
foram publicados pelo site da revista Time. Embora a revista não
confirme, outras fontes alegam que o que motivou a morte deles foi sua
fé.
Ele fez uma narrativa breve, mas chocante, do que presenciou:
“Eu
vi uma cena de crueldade absoluta: um ser humano sendo tratado de uma
maneira que nenhum ser humano jamais deveria ser tratado… Eu não sei
quantos anos a vítima tinha, mas era jovem. Eles o forçaram a ficar de
joelhos. Os rebeldes ao seu redor liam os seus ‘crimes’ listados em um
pedaço de papel. Eles o cercaram. O jovem estava com as mãos atadas. Ele
parecia congelado. Dois rebeldes sussurraram algo em seu ouvido e o
jovem respondeu de uma forma inocente e triste, mas eu não conseguia
entender o que ele disse… No momento da execução, os rebeldes agarraram
sua garganta. O jovem reagiu, mas três ou quatro rebeldes conseguiram
imobilizá-lo. Ele tentou proteger a garganta com as mãos, que ainda
estavam amarradas. Tentou resistir, mas os rebeldes eram mais fortes e
cortaram sua garganta. Depois, levantaram a cabeça. As pessoas
aplaudiram. Todo mundo estava feliz porque a execução aconteceu”.
Muitos
estudiosos das profecias cristãos e muçulmanos acreditam que a s segunda
vinda de Jesus está ligada à cidade de Damasco, capital da Síria. A
crescente ameaça de guerra dos sírios contra outros países gerou uma
série de análises nesse sentido.
Em comum entre as previsões está o iminente retorno de Cristo. Da parte dos cristãos, alguns apontam para Isaías 17:1. Para alguns, pode ser um prenúncio do Armagedom, a batalha final.
Entre os
sírios prevalece a tristeza pelos milhares de mortos e feridos, mas para
milhares deles a esperança na vida eterna se fortalece. As agências
cristãs têm oferecido ajuda material, emocional e, acima de tudo,
espiritual para os refugiados nos países vizinhos. Milhares de
muçulmanos estão ouvindo o evangelho livremente, alguns pela primeira
vez na vida. Existem muitos testemunhos de conversões. Com informações de Sky News e Time
Assista (imagens fortes):
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