
Desde
a chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500, existem muçulmanos no
Brasil. Alguns historiadores mencionam que os primeiros dois, Chuhabidin
Bin Májid e Mussa Bin Sáte, faziam parte da expedição de Pedro Álvares
Cabral. Como a história do país é marcada por ondas migratórias, há
registros da vinda de muçulmanos portugueses e espanhóis.
Posteriormente, vieram muçulmanos negros trazidos como escravos.
Na
década de 1920, veio a primeira onda moderna de imigrantes libaneses e
sírios. A primeira mesquita foi aberta em São Paulo, em 1952. Treze anos
depois, a segunda foi inaugurada em Londrina (Paraná). Oficialmente,
existem hoje 13 mesquitas e oito mussalas no país. As mussalas são como
capelas, onde não existe um imã (líder espiritual) presente.
De
acordo com o Censo 2010 do IBGE existem 35 mil muçulmanos no país, mas
algumas entidades islâmicas afirmam que são 1,5 milhão. Não se sabe ao
certo, pois nos últimos anos a política externa do governo petista tem
facilitado a entrada de imigrantes de modo geral, incluindo aqueles que
professam a fé muçulmana. Vindos de 18 países da Ásia e da África, a
maioria tem ido para cidades pequenas ou médias.
Somente no
Paraná existe presença islâmica em 24 municípios. Foz do Iguaçu reúne a
maior parte deles, sendo que muitos imigraram para o Paraguai, mas vivem
do lado de cá da fronteira.
Eonio Cunha, colaborador do
Instituto Brasileiro de Estudos Islâmicos, comemora. Para ele, a vinda
de mais muçulmanos tem exposto os brasileiros a um contato maior com a
religião de Maomé. Isso tem gerado conversão ao Islã. Além disso,
aumentou a procura de informações sobre sua religião. Para isso, o
Instituto e as mesquitas têm usado cada vez mais as ferramentas digitais
para a difusão do Islã, incluindo Facebook, blogs e sites na internet.
Com
isso, nos últimos quatro anos surgiram várias novas mesquitas no país.
Uma das características desses novos arranjos religiosos é que a
população reunida nos locais de culto são de diversos países. Há
registro da entrada de imigrantes vindos de países como Bangladesh,
Afeganistão, Paquistão, Angola, Moçambique, Palestina, Iraque, Jordânia,
Índia, Síria, Gana, Líbano, Guiné, Senegal, Marrocos, Egito, Congo,
Somália e do território da Caxemira. Muitos alegam perseguição política
ou religiosa para obter o visto.
Outros foram contratados pelas
empresas brasileiras que buscava pessoas com esse perfil. O principal
fator que estimulou a atual migração muçulmana foi justamente o fato de
as empresas que realizam o abate de aves e bovinos precisarem seguir os
preceitos religiosos. Chamado de halal, ele assegura que a comida seja
considerada pura. Isso inclui matar os animais com sua face voltada para
Meca, a capital mundial do Islã, e a inspeção de imãs para atestar que
segue-se o procedimento aceito pela sua religião.
Para seguir
estritamente os rituais islâmicos, o abate só poderia ser feito por
muçulmanos, por isso eles estão cada vez mais presentes nas cidades cuja
economia depende disso. Muitos melhoraram de vida e já trouxeram (ou
planejam trazer) seus parentes, pois ainda há mercado.
Atualmente,
são cerca 318 mil toneladas de carne bovina e 1,8 milhão de toneladas
de aves abatidas segundo esse método, que são exportadas para países
muçulmanos. O mercado halal gerou mais de US$ 2 bilhões em vendas para o
exterior em 2013.
As exportações de carne para esse público têm
mudado o perfil de várias cidades pequenas do interior. Em Jaguapitã,
Paraná, uma cidade de apenas 12 mil habitantes viu uma mesquita ser
aberta em outubro de 2013.
Problemas em potencial
Devido aos
recentes eventos envolvendo radicais muçulmanos em vários lugares do
globo, existem suspeitas que nem todos os islâmicos que chegam ao Brasil
vêm para trabalhar aqui e viver pacificamente.
O bloco
oposicionista pediu que o ex-ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações
Exteriores) explicasse por que, desde que assumiu o poder, o PT tem
facilitado a emissão de vistos de entrada a pessoas vindas de países
islâmicos acusados de tolerar grupos terroristas.
O requerimento
foi feito às vésperas da Copa pelos deputados do DEM Onyx Lorenzoni
(RS), Pauderney Avelino (AM), e Mendonça Filho (PE). Uma resposta
oficial nunca foi dada. Desde 2006 existe uma grande preocupação com
segurança, por conta da descoberta de uma espécie de sociedade entre a
facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e o grupo terrorista
Hezbollah. O monitoramento da Polícia Federal mostra registros inclusive
do risco de um atentado terrorista no Brasil, mas os detalhes não foram
revelados.
A notícia não chega a ser nova, já que autoridades
norte-americanas defendem que a região da tríplice fronteira sempre foi
palco de atuação de grupos ligados ao terrorismo. O governo dos EUA
aponta também que o dinheiro do tráfico de drogas constitui uma das
principais fontes de financiamento de grupos terroristas.Com informações
Jornal de Londrina e
Diário do PoderPor Jarbas Aragão
http://noticias.gospelprime.com.br/numero-recorde-muculmanos-brasil/
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