—
De quantas pessoas o PT precisa para destruir o Brasil?
—
Dilma só (“de uma só”).
Uma anedota semelhante a essa tem
circulado pelo país nas últimas semanas. Abstraindo de todas as questões
administrativas, é impressionante o avanço da cultura da morte e a imposição da
ideologia de gênero durante o governo Dilma. O sucesso da presidente (ou
“presidenta”) tem sido tão grande, que até pode parecer que ela fez tudo
sozinha. Na verdade não foi assim. Seu governo, o terceiro da Era Petista, está
atingindo o cume de uma montanha cuja encosta foi escalada com grande esforço
nos dois anteriores governos Lula.
Durante oito anos, Lula tentou
inutilmente a liberação total do aborto por meio do Projeto de Lei 1135/91, que
acabou sendo derrotado e arquivado pelo Congresso[1]. Nem sequer foi obtida a
liberação do aborto de criancinhas anencéfalas (ADPF 54) pelo Supremo Tribunal
Federal. O máximo que Lula conseguiu foi sancionar, em 24 de março de 2005, a
Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), que permitiu a destruição de embriões
humanos, e defender sua constitucionalidade diante da Suprema Corte (ADI
3510)[2].
Foi somente no governo Dilma que o
Supremo Tribunal Federal declarou não ser crime o aborto (ou “antecipação
terapêutica de parto”) de bebês portadores de anencefalia[3].
Durante oito anos, Lula empreendeu
grandes esforços e gastou vultosas verbas públicas para promover o
homossexualismo, tanto dentro do país quanto diante da comunidade internacional
(ONU e OEA). Mas parecia impossível obter a aprovação das uniões homossexuais e
menos ainda a equiparação destas ao casamento.
Pois o impossível aconteceu logo no
início do governo Dilma. No julgamento ocorrido em 4 e 5 de maio de 2011, o
Supremo Tribunal Federal, contrariando texto expresso da Constituição,
reconheceu por unanimidade a “união estável” entre duplas homossexuais[4]. E
mais: em 14 de maio de 2013, o presidente do Conselho Nacional de Justiça,
Ministro Joaquim Barbosa, emitiu uma resolução[5] obrigando as autoridades
competentes a celebrarem o “casamento civil” e a “conversão de união estável em
casamento” entre pessoas do mesmo sexo!
Quanto estrago feito durante o
governo de uma única pessoa! Lembremos, porém, que nada disso teria ocorrido se
os Ministros da Suprema Corte não tivessem ousado atuar como legisladores positivos
ou até como reformadores da Constituição. Lembremos ainda que é o presidente da
República quem nomeia os ministros do Supremo Tribunal Federal (art. 84, XIV,
CF) e que o Senado Federal sempre tem sido subserviente à indicação
presidencial.
Dos atuais onze Ministros do
Supremo, quatro foram nomeados por Dilma e quatro por Lula. Somente Celso de
Mello, Marco Aurélio e Gilmar Mendes escaparam da nomeação petista (no entanto,
os três têm sempre votado em favor da ideologia do PT). Dois nomes merecem destaque:
Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso. O primeiro é um veterano militante do
Partido dos Trabalhadores, escandalosamente nomeado por Lula em 2009. O segundo
é o advogado que atuou no STF em defesa do aborto de anencéfalos, da destruição
de embriões humanos e da “união estável” entre pessoas do mesmo sexo. Foi
nomeado por Dilma e tomou posse em 26 de junho de 2013. O governo petista,
portanto, dispõe de um Supremo feito à sua imagem e semelhança. Dispõe ainda de
um Congresso Nacional incapaz de defender-se diante da crescente invasão de
competência da Suprema Corte. O caminho parece aberto para todas as aberrações
possíveis: a punição para os opositores do homossexualismo (“homofóbicos”), a
proibição do uso de qualquer palmada pelos pais, a liberação da maconha, a
permissão do aborto por simples solicitação da gestante, a legitimação das
uniões incestuosas, da poligamia e do abuso sexual de crianças. Não se veem
limites para o avanço da cultura da morte e da ideologia de gênero.
Nos últimos dias, o governo tem
apresentado propostas ousadas, como a convocação de uma nova Assembleia
Constituinte ou de um plebiscito para uma reforma política. Convém lembrar que,
na América Latina dominada pela ideologia socialista, a elaboração de uma nova
Constituição tem sido usada por nossos vizinhos para instaurar um regime
totalitário (veja-se o caso de Hugo Chavez, na Venezuela). Além disso, o uso
pelo Brasil da urna eletrônica de primeira geração (sem voto impresso)
compromete a confiabilidade do resultado de um plebiscito ou de qualquer outra
eleição[6].
Falou-se também em trazer 6 mil
médicos (ou aborteiros?) cubanos para trabalharem nas regiões brasileiras mais
carentes[7]. Por que justamente de Cuba, a ilha da ditadura comunista e do
aborto em série?[8]
Diante de tudo o que vem ocorrendo,
fica cada vez mais evidente o dever de todo cristão de negar seu voto a
qualquer candidato do Partido dos Trabalhadores e de convidar os outros a
fazerem o mesmo, pois o futuro de nosso país passa pela derrota do PT.
Notas:
[1]
O PL 1135/91 foi rejeitado na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da
Câmara por 33 votos contra zero no dia 7 de maio de 2008. Depois, foi rejeitado
por 57 votos contra 4 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC)
em 9 de julho de 2008.
[2]
Em 29 de maio de 2008, o STF terminou o julgamento da ADI 3510, considerando
constitucional a destruição de embriões humanos permitida pelo artigo 5º da Lei
de Biossegurança.
[3]
O pedido da ADPF 54 foi julgado procedente pelo STF por oito votos contra dois,
nos dias 11 e 12 de abril de 2012.
[4]
Foram julgadas em conjunto duas ações: a ADPF 132 e a ADI 4277.
[5]
Resolução n. 175, de 14 de maio de 2013, in: http://www.cnj.jus.br/atos-administrativos/atos-da-presidencia/resolucoespresidencia/24675-resolucao-n-175-de-14-de-maio-de-2013.
[8]
Cf. O aborto está fora de controle em Cuba. ACI Digital, 17 mar. 2011, in: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=21363
Nenhum comentário:
Postar um comentário