Pena de pato, cabelo de mulher, besouros especiais: parecem ingredientes
para um ritual vodu, mas não passam de matéria-prima para um delicioso
lanche.
Não faltam lendas acerca dos lanches de cadeias famosas de fast food.
Uma das mais conhecidas é o fato de que um sanduíche muito popular tinha
seu hambúrguer produzido com minhocas. Dizem as más línguas que foi
esse boato que levou algumas empresas a ostentarem um aviso na embalagem
de alguns produtos: produzido com carne 100% bovina.
Independentemente da imaginação e da criatividade popular, o fato é que
muitos ingredientes desse tipo de lanche são extraídos de matérias
primas que podem facilmente ser classificadas como bizarras. Quer alguns
exemplos? Confira a lista a seguir!
1. Amo muito pena de pato
Pena de pato e cabelo humano fornecem ingrediente para massas
A cisteína é um aminoácido usado pela indústria de alimentos para
amaciar a massa de pastéis e outros produtos alimentícios, além de
servir como realçador de sabor em alimentos para humanos e ração de
cachorros.
Normalmente, essa substância é extraída de uma molécula conhecida como
L-cisteína. Até aí, tudo bem, nada de esquisito. Mas o fato é que esse
componente é produzido comercialmente a partir da quebra de proteínas
presentes em penas de patos, cabelos humanos e até pelos de porcos.
O consumo de um ingrediente derivado de cabelos humanos levanta questões
éticas polêmicas, chegando a questionar a possibilidade de isso ser uma
forma de canibalismo. Por isso, empresas como Ajinomoto e Wacker
Biochem têm trocado fontes naturais de cisteína pelo meio de produção
sintético, a partir da fermentação produzida por micróbios específicos.
Em depoimento para o The Vegetarian Resource Group,
o McDonald’s afirmou que usa a substância na famosa tortinha com
recheio quente de maçã, mas ressalta que apenas a L-cisteína retirada de
penas de patos é comprada pela empresa.
2. Delicioso sabor de areia
O dióxido de silício deixa a carne do chilli sempre solta e macia
Seja na praia ou no playground, todo mundo sabe que deve cuidar para que
o lanche não caia na areia. Mas o que pouca gente tem ciência é o fato
de que certos molhos podem levar dióxido de silício (sílica), composto
químico que, na natureza, existe em forma de areia e quartzo.
Além de ser usada na produção de vidro, fibra óptica, cerâmica e
cimento, a sílica também é adicionada ao chilli da rede de fast food
Taco Bell. O ingrediente faz com que a carne usada no molho não se
aglomere, continuando soltinha e macia. No site da empresa, há um aviso: apenas 2% de dióxido de silício é usado no preparo.
3. Lanche com sabor de madeira
Retirada da madeira, a celulose deixa seus lanches menos gordurosos
Sempre gostou do desenho do Pica-Pau? Pois saiba que você também pode
estar triturando madeira na praça de alimentação do shopping. A
celulose, polpa produzida a partir de madeiras e fibras vegetais
naturais, é usada pela indústria alimentícia em diversos produtos, como
queijo, molho para saladas e até xarope de morango. O objetivo é
substituir a gordura e aumentar o conteúdo, diminuindo assim o uso de
ingredientes mais caros, como óleo e farinha.
Por mais engraçado que pareça, a preocupação cada vez mais crescente
sobre os hábitos alimentares está fazendo com que o uso de celulose em
produtos alimentícios aumente, já que dessa forma as guloseimas se
tornam menos gordurosas e fornecem mais fibras.
4. Batata frita de silicone
Um dos brinquedos mais populares dos Estados Unidos é uma massinha de
modelar batizada de Silly Putty. Como é feita a partir de um polímero de
silicone, essa massa possui algumas características bastante
divertidas, como o fato de quicar como uma bola de borracha.
Mas uma forma de silicone conhecida como Polidimetilsiloxano usada tanto
em cosméticos quanto na Silly Putty, também pode ser encontrada em
muitos produtos fritos de cadeias de fast food. De acordo com o PDF
em inglês divulgado pelo McDonald’s, as batatas fritas vendidas pela
rede são um dos produtos que fazem uso da substância para evitar a
formação de bolhas durante a fritura.
5. Conservante a base de petróleo
O conservante terc-butil hidroquinona (TBHQ) é um composto feito a base
de petróleo e que pode ser encontrado em cosméticos e produtos para a
pele, além de verniz, resinas e frango empanado. Os famosos McNuggets e
mais dezessete produtos da mesma rede usam o TBHQ no óleo de fritura
para mantê-lo fresco por mais tempo. A informação está presente no mesmo PDF divulgado pela empresa.
O componente foi aprovado para consumo humano pelo Food and Drugs
Administration depois da pressão feita pela indústria alimentícia.
Porém, há um limite a ser seguido: 0,02% do total de gordura e óleo de
um alimento. Por que tão baixo? Basicamente, podemos dizer que 5 gramas
de TBHQ seria letal para o ser humano, enquanto 1 grama seria o
suficiente para causar vômito, náusea e até desmaios.
Mas pode ficar tranquilo! De acordo com o Instituto de Química do Canadá, seria necessário comer quase 5 quilos de McNuggets para morrer de intoxicação por terc-butil hidroquinona.
6. Insetos deliciosos
As fêmeas desse simpático inseto servem de corante para produtos diversos
Desconfie dos alimentos avermelhados. A razão? O corante mais famoso
dessa cor, o carmim, é produzido a partir das fêmeas de um pequeno
inseto conhecido como cochonilha,
que são desidratadas e esmagadas para dar origem ao produto que é usado
em carnes, salsichas, marinados, biscoitos, sobremesas, geleias,
gelatinas, bebidas e outros alimentos.
Para saber se um lanche foi colorizado com esses bichinhos, basta
procurar na lista de ingredientes por um dos nomes usados pela indústria
para se referir ao corante, como extrato de cochonilha, carmim,
vermelho natural 4, C.I. 75470 ou E120.
Uma delícia, não?
Fonte: http://www.antinovaordem.com/2012/01/sao-jorge-o-dragao-e-princesa.html#ixzz2J23AzAmy
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